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quinta-feira, 3 de maio de 2012

Poupança terá mudança na remuneração




Para evitar a migração de investimentos em renda variável para a poupança, o que comprometeria a venda de títulos públicos do Brasil, e conseguir ter juros básico (Selic) no patamar dos praticados em países de primeiro mundo, o ministro da Fazenda Guida Mantega deve anunciar nesta quinta-feira (3) mudanças na remuneração da poupança. Medida que não será nada popular, porém é avaliada como necessária pelos especialistas. Nesta quarta-feira (2), o ministro esteve reunido por mais de cinco horas com a presidente Dilma Rousseff para apresentar o plano, que deve ser efetivado por meio de uma Medida Provisória, segundo informaram às agências de notícias fontes que estiveram na reunião. O economista e professor da Trevisan Escola de Negócios, Alcides Leite, ressalta que fazer qualquer mudança na poupança é uma tarefa complicada, já que envolve um investimento tradicional e popular no país. Ele explica que se a taxa básica de economia, a Selic, se aproximar da correção da poupança poderá ocorrer a troca de investimentos em renda variável, como títulos do governo, por poupança, que tem entre seus atrativos a isenção do Imposto de Renda. Dessa forma, mudando as regras de remuneração da poupança pode-se abrir espaço para o Banco Central cortar ainda mais a taxa Selic. Alcides Leite lembra que, hoje, os depósitos em caderneta de poupança são remunerados por uma taxa de juro prefixada de 0,5% ao mês, o que equivale a 6,17% ao ano, aplicada sobre os valores atualizados pela Taxa Referencial (TR). Em março, o saldo das cadernetas de poupança no país foi de R$ 429 bilhões, enquanto o estoque total de títulos federais somou R$ 1,84 trilhão.O governo deverá apresentar primeiro a proposta de mudança aos integrantes do conselho político do governo (formado por líderes e presidentes de partidos aliados), em reunião marcada para esta quinta-feira às 14h. A proposta deverá ser exposta também a sindicalistas e empresários a serem recebidos pela presidente ao longo do dia, disseram fontes do governo.

Fonte: O Tempo

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