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terça-feira, 5 de janeiro de 2010

SAÚDE: Informações publicadas na internet sobre medicação podem ser perigosas

Confiar plenamente em informações divulgadas na internet pode ser muito perigoso. A constatação é da tese de doutorado da pesquisadora da Universidade de Brasília Emília Vitória da Silva. O estudo revelou que a rede mundial de computadores, na maioria das vezes, informa pouco e errado sobre os mais variados temas. A pesquisadora focou o estudo em sites da internet sobre obesidade e constatou: somente trinta e nove por cento das páginas pesquisadas dão informações sobre o autor do conteúdo divulgado. E as referências bibliográficas aparecem em apenas catorze por cento das páginas. Emília Vitória esclarece porque é importante saber de onde vêm as informações publicadas na internet."Toda informação sobre saúde tem que ter esses dados, por exemplo, porque a autoria? Porque é para a pessoa avaliar se o autor que escreveu é uma pessoa capacitada, habilitada para escrever ou não sobre aquele assunto. Porque a data de publicação? Para o leitor avaliar se aquela informação é atualizada ou não. E no caso de páginas da internet sobre saúde, é importante você verificar se há algum interesse por trás daquela informação. Qual que é o propósito daquela instituição. Se tem ou não interesse comercial por trás". A pesquisadora explica que é fácil encontrar na internet nomes de remédios indicados para emagrecer. Emília Vitória alerta que isso pode levar à automedicação, prática condenada pelos médicos. "No caso dos medicamentos tinha informação, mas não citava os riscos do uso daquele medicamento. E informação incorreta. Por exemplo, algumas páginas divulgavam tratamentos que não são de acordo com a literatura, que não têm respaldo; como pro exemplo, o uso de tiratricol que é um hormônio usado para câncer da tireoide e que algumas pessoas usam para o tratamento da obesidade, mas não tem embasamento cientifico". Emília Vitória considera que a internet é uma boa fonte de informação e pode ajudar pacientes a se informarem melhor sobre tratamentos. Mas é preciso dar preferência a sites de jornais e empresas de comunicação, instituições governamentais, organizações profissionais ou sem fins lucrativos. Outra dica é conferir mais de um site para checar a veracidade das informações. (Reportagem: Fabiana Pelles)

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