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quarta-feira, 30 de maio de 2012

Lideranças se reúnem em Paraíso para apoiar produtores de café



Produtores lotaram o salão nobre e a recepção da Cooparaiso. De um lado milhares de produtores que estão iniciando a colheita de 50 milhões de sacas de café na safra 2012/13. Do outro o Governo Federal com um programa de apoio ao setor, mas que na visão de lideranças não chega a tempo ao campo e não assegura tranquilidade para que o produtor possa colher e obter renda com a lavoura. Como forma de ampliar a discussão na busca de uma solução para ordenar a oferta e evitar que o país tenha um prejuízo letal da ordem de até R$ 7 bilhões, a Cooparaiso realizou nesta terça-feira (29) o encontro Plano de Safra 2012/13 – Programas de Apoio do Produtor, que reuniu produtores, lideranças nacionais do setor cafeeiro e cooperativista, e o diretor do Departamento de Café da Secretaria Nacional de Agroenergia do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Edílson Martins Alcântara. Na abertura do encontro, o presidente da Cooparaiso, deputado Carlos Melles, destacou a responsabilidade de cada liderança e foi firme ao defender a adoção de um programa de opções para um volume de 5 milhões de sacas, como forma de oferecer sustentação de preços aos cafeicultores.

Carlos Melles apresentou uma tabela com a evolução do preço do café em relação a outros produtos e insumos, deixando evidente que todos os produtores agropecuários, mas sobretudo o café, perderam a capacidade de troca.

Edílson Alcântara destacou que “o Governo está estimulando o próprio produtor a estocar”, explicando que “o mercado brasileiro comando o mundo, e o mundo espera que o produtor brasileiro venda, derrubando os preços, por isso temos que ser inteligentes o suficiente para segurar este fluxo”. O diretor do Departamento de Café concorda que o mercado está “estreito e com uma demanda alta”, mas se o produtor não vender não haverá depreciação, afinal “o produtor brasileiro é quem comanda o mercado mundial”. Em sua fala aos produtores ele afirmou que os recursos alocados pelo governo dariam para segurar em torno de 11,4 milhões de sacas de café, o dobro do que os produtores estão pedindo em um programa de opções. Para o superintendente da área de café da Cooparaiso, Francisco Ourique, “o planejamento estratégico da cafeicultura é fundamental e o produtor precisa ter lucro. Sozinho isto não será possível”. No encerramento do encontro, o presidente do Conselho Nacional do Café (CNC), Silas Brasileiro, destacou que “a parceria entre o CNC, CNA, Decaf, tem sido altamente positiva”. Na visão de Silas os fundamentos do mercado são altamente positivos, mas que “a tendência natural é que à medida em que falta recursos o produtor vai colhendo e vendendo. O presidente do CNC ressaltou ainda que há recursos do Banco do Brasil e do BNDES, enfatizando que “nunca se viu tantos recursos para o café como agora. A palavra do CNC é ordenar a oferta, cuidar do caixa, para que os preços remuneram o produtor de café.


Fonte: Correio dos Lagos

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