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terça-feira, 15 de janeiro de 2013

MOMENTO SAÚDE

DEPRESSÃO

A depressão é uma doença que entra em cena quando o sofrimento vem do nada ou é completamente desproporcional ao motivo que o disparou, se arrastando por meses e até anos. Essa triste realidade abala cerca de 340 milhões de pessoas no mundo - algo entre 2% e 5% da população. A Organização Mundial da Saúde calcula que em vinte anos a depressão ocupará o segundo lugar no ranking dos males que mais matam. Além de comprometer o jeito como a pessoa vê o mundo, a doença afeta a própria saúde física, abrindo caminho para vários outros problemas. Há risco de suicídio, que atinge entre 15% e 20% dos deprimidos. A boa notícia é que, com tratamento médico, 70% desses pacientes se curam.

O diagnóstico é essencialmente clínico. O médico suspeita de depressão quando o paciente apresenta quatro ou cinco sintomas clássicos que persistem por semanas. E não espere aquele quadro típico de alguém prostrado na cama. Alguns já ficam atentos para quem simplesmente não sente prazer nas coisas ou não vibra com a vida. Não há nenhum exame que aponte a depressão. Infelizmente, muitos pacientes ainda custam a reconhecer que precisam de ajuda e muitos médicos ainda acham que a depressão é uma mera conseqüência de algum outro problema da pessoa.

Sintomas

• Tristeza profunda

• Falta de prazer

• Perda ou ganho de peso

• Alterações no sono

• Cansaço

• Sentimentos de ruína ou fracasso que levam a pensamentos de culpa ou morte

• Alterações nas relações sociais

• Perda de interesse pelas coisas

• Retardo motor, dificuldades de atenção e de memória

• Pessimismo exacerbado

Tratamento

Quem sofre de depressão não consegue levantar a cabeça sem ajuda profissional. De nada adianta insistir que a saia, viaje ou conheça novas pessoas. Mas com um bom acompanhamento a grande maioria delas consegue superar o drama. Os medicamentos vão reequilibrar as substâncias em desequilíbrio no cérebro. Mas nenhuma delas está livre de efeitos colaterais e a escolha vai depender de cada paciente. Uma vez iniciado o tratamento, a pessoa (e sua família) deve vencer outro desafio: dar tempo ao tempo, já que os remédios podem levar semanas até surtir efeito. Ao lado dos medicamentos, a psicoterapia é fundamental. Os casos mais brandos podem ser aliviados também com mudanças no estilo de vida, incluindo exercícios leves, relaxamento, meditação e acupuntura. Mas atenção: esses recursos são coadjuvantes e não dispensam os remédios sem o aval do médico.

Fatores de Risco

Levando em conta a predisposição genética, os estudos apontam quem é mais vulnerável à depressão:

• Quem tem história familiar
• Pessoas da raça branca  
• Quem passou por acontecimentos - como perdas, lutos e stress - que podem desencadear ou agravar
• Quem tem personalidade tímida, introspectiva e insegura
• Pessoas que tiveram muitas experiências de fracasso na vida
• Mulheres, principalmente pós menopausa
• Gravidez e parto
• Pessoas que têm pouco convívio social e relações mais desestruturadas

Causas

Não se trata de pessimismo ou de simples cara amarrada. A depressão envolve alterações químicas no cérebro. . Há quem diga que os genes são o fator de risco mais importante. No cérebro do deprimido as moléculas responsáveis pelo bem-estar estão em constante baixa - ao contrário das demais pessoas que enfrentam essa baixa, por algum motivo específico, e a tristeza some em poucas semanas. Também certos remédios, drogas, doenças neurológicas, cardiovasculares, infecciosas e até tumores. As oscilações hormonais também têm sua parcela de culpa - o que ajuda a explicar por que o problema é duas vezes mais comum nas mulheres e por que costuma aparecer na gravidez e no pós-parto, períodos de turbulência hormonal.

Complicações

Estudos mostram que os deprimidos têm mais chance de desenvolver outras doenças, como males cardíacos e derrame. Tanto que há quem diga que ela deve ser colocada ao lado da hipertensão e do colesterol alto no que diz respeito à saúde do coração. Tumores e infecções pela queda de imunidade também acabam encontrando um terreno fértil nesses pacientes.
Se você sente que se encaixa pelo menos um pouco nisso tudo que foi falado, procure um médico, pois quanto mais cedo começar o tratamento, maior é a chance de cura.

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