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terça-feira, 22 de janeiro de 2013

PROGRAMA MANHÃ SERTANEJA: MEMÓRIA SERTANEJA

TRIO PARADA DURA

Carlos Alberto Ribeiro, o Mangabinha, nascido na cidade de Corinto-MG em 1942 é o único integrante remanescente da formação original desse trio que se formou em 1973 e aproveitou a trilha aberta por Léo Canhoto e Robertinho para inovar a música sertaneja em diversos aspéctos, como a temática do repertório e a instrumentação, mas sem ferir totalmente nem fugir demasiadamente das raízes.
Mangabinha foi bóia-fria no interior mineiro e, com apenas 8 anos de idade, começou a tocar a sanfona de oito baixos, apresentando-se em festas e forrós da região.
Em 1970, trocou sua terra natal pela capital mineira e, em Belo Horizonte formou um trio juntamente com Gino e Geno, que chegou a lançar um LP.
Foi no ano de 1973 que Mangabinha trocou a capital mineira pela capital paulista, onde atuou na Rádio Nove de Julho, ocasião na qual aconteceu a primeira formação do Trio Parada Dura, juntamente com Delmir e Delmon.
Com Mangabinha, Delmir e Delmon, o Trio Parada Dura lançou três LP's pela gravadora Chororó, em seus dois anos de duração, nessa formação inicial.
Em 1975, dois anos após sua formação, aconteceu a primeira alteração no Trio Parada Dura, com as saídas de Delmir e Delmon, que foram substituídos por Benzito e Barrerito (Élcio Neves Borges, nascido em São Fidélis-RJ em 22 de outubro de 1942 e falecido em Belo Horizonte-MG em 12 de agosto de 1998). E acabaram ficando com o Mangabinha os direitos sobre o nome do "Trio Parada Dura".
Com essa nova formação, o Trio Parada Dura gravou, até o ano de 1987, três LP's pela gravadora Chororó ("Mineiro Não Perde o Trem" (1976), "Casa da Avenida" (1977) e "Homem de Pedra (1978)) e 10 LP's pela Copacabana (dentre os quais, "Cruz Pesada" (1978), "Castelo de Amor" (1979), "Blusa Vermelha" (1980) e "Barco de Papel" (1984)).
Nesses oito anos, o conjunto fez bastante sucesso com as músicas "Não Quero Piedade" (Ronaldo Adriano, Zé da Praia e Barrerito), "Homem de Pedra" (Correto e Creone), "O Doutor e a Empregada" (Roniel e Augusto Alves Pinto), "Fuscão Preto" (Jeca Mineiro e Atílio Versutti), "Panela Velha" (Moraezinho e Auri Silvestre), "Avião das Nove" (Praense e Ado), "As Andorinhas" (Alcino Alves, Rossi e Rosa Quadros), "Mineiro Não Perde o Trem" (Juquinha e Silveira), "O Carro e a Faculdade" (Sulino e José Fortuna), "Soraia" (Zé Mulato, Aristeu e Barrerito) e "Bobeou... a Gente Pimba" (Jotha Luiz, César Augusto e Barrerito), entre outras. Sem dúvida, o período de maior sucesso do trio.
Em março de 1982 os integrantes do Trio Parada Dura sofreram um acidente aéreo que levou o Barrerito à cadeira de rodas. Apesar de ter gravado alguns LP's com o trio após o acidente, ele se sentia discriminado pelos companheiros e acabou largando o conjunto. Em seu lugar, entrou seu irmão Parrerito, o qual integrou o trio até 2006.
Barrerito passou a cantar sozinho, tendo gravado diversos LP's (o primeiro foi "Onde Estão os Meus Passos", pela Copacabana), com destaque para a faixa-título "Onde Estão os Meus Passos" (Carlos Randall, Barrerito e Nilza Carvalho). Barrerito gravou 9 LP's em carreira-solo.
Em 1987, o Trio Parada Dura passou a ser formado por Mangabinha, Parrerito e Creone (Florisvaldo Alves Ferreira, nascido em Comendador Gomes Ferreira-MG em 1940) e, com essa formação, gravaram um LP na Copacabana ("De Ontem Para Hoje" (1990)) e três LP's na Chantecler ("Palavra de Honra" (1990), "Trio Parada Dura" (1991) e "Gigante Iluminado" (1992)).
Os diversos integrantes do trio também já atuaram sozinhos ou em diversas outras formações: Creone e Barrerito, já formaram dupla em 1963 e gravaram alguns LP's pelo selo Califórnia. O mesmo Barrerito também chegou a formar em 1997 o "Trio Alto Astral" juntamente com Creone e Voninho, tendo gravado o CD "Dor de Cotovelo" em 1998. E o Mangabinha também chegou a gravar diversos LP's tanto em "carreira-solo", como também em dupla com Nhozinho.
O conjunto se desfez em 1992 e retornou à atividade em 1996, com nova formação: Mangabinha, Parrerito e Creonito, ocasião na qual gravaram os CDs "As Andorinhas" (1996) e "Não Vá Embora" (1997).
E, a partir de 1998, nova formação para o Trio Parada Dura: Mangabinha, Parrerito e Leone.
O Trio Parada Dura se desfez novamente no ano de 2006, e retornou com nova formação em novembro de 2007: Leone, Leonito e Mangabinha. E Creone, Parrerito e o sanfoneiro Carlos Rezende formaram o trio "Os Parada Dura", tendo gravado em 2008 o CD "Bebendo e Chorando".
 
Fonte: Recanto Caipira

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