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quarta-feira, 6 de março de 2013

MNUTO DO CAMPO

DivulgaçãoRevogação da instrução normativa que trata da qualidade do café divide o setor

A revogação da Instrução Normativa (IN) 16, que trata da qualidade do café, divide o setor produtivo. A instrução, que deveria ter entrado em vigor em fevereiro de 2011, nunca foi posta em prática. Para se enquadrar à norma, as indústrias deveriam produzir café com menos de 1% de impurezas e com, no máximo, 5% de umidade. A grande polêmica está na avaliação sensorial que classifica o café basicamente pelo sabor e pelo aroma.

Uma cooperativa de Araguari, no Cerrado de Minas Gerais, tem um departamento especializado para fazer a avaliação completa do café. Os lotes são representados por amostras que passam primeiro pela classificação. No teste, a umidade não pode passar de 11,5%. Depois da pesagem, conferindo 300 gramas, é feita a catação dos grãos com defeitos.

A amostra, então, passa pela peneira para que se defina o percentual de tamanho dos grãos, que influencia no mercado de destino do café. A amostra vai para a torra, que demora 14 minutos. O café, no entanto, só é destinado à avaliação sensorial no dia seguinte. Depois, os grãos são moídos na granulação certa para a degustação.

O trabalho dos degustadores exige muito treinamento, conhecimento de geografia, para localizar as principais regiões produtoras do café, e de química, para entender dos aromas e sabores que definem a qualidade desejada pelo mercado.

A IN 16 nunca entrou em vigor devido à polêmica em torno da avaliação sensorial. Foram varias prorrogações. A norma deveria valer a partir de fevereiro, mas foi anulada. A linha de discussão é em relação à subjetividade de avaliar o café basicamente pelo aroma e pelo sabor. Conceitos que vão do indesejado ao excelente deixam dúvidas na avaliação final de cada lote de café.

O diretor-executivo da Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic), Nathan Herszkowicz, afirma que a falta de classificadores treinados pelo governo federal prejudicou a implantação da norma. Segundo o representante, a análise sensorial foi considerada subjetiva e não vai fazer parte das novas regras. Ele explica que a avaliação da compra vai ficar com o consumidor.


Fonte: agricultura.ruralbr.com.br

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