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terça-feira, 31 de julho de 2012

Laudo aponta que substância usada em lavagem intestinal não era formol


Um laudo do Instituto Médico Legal (IML) de Belo Horizonte (MG) revelou que a substância usada na lavagem intestinal de uma paciente na Santa Casa de São Sebastião do Paraíso não era formol. O caso aconteceu no dia 15 de maio deste ano. Luzia Maria Coelho Viana, de 47 anos, ficou 14 dias em coma.

Mesmo após o resultado do laudo, a família de Luzia ainda acredita que o produto tenha sido trocado no procedimento. A família reclama que quase não recebe ajuda do hospital. De acordo com eles, a Santa Casa cede apenas 10 bolsas usadas no tratamento por mês, número que é insuficiente. Além disso, a bolsa não seria própria para uma paciente que já pode andar. De acordo com a Polícia Civil, o inquérito foi encaminhado para 1ª Vara Criminal de São Sebastião do Paraíso. O processo foi pedido ao fórum no último dia 17 de julho para conclusão do caso, que deve ser encerrado após a volta da delegada responsável, que está de férias. O laudo do IML deve ser anexado ao inquérito.

O advogado da família, Lister Borges, diz que já encomendou um estudo sofre os efeitos do formol no organismo. Nenhum médico responsável da Santa Casa de São Sebastião do Paraíso foi encontrado para comentar sobre o caso.

O caso
No dia 15 de maio, a dona de casa Luzia Maria Coelho Viana deu entrada no hospital para um exame urológico e precisou passar por uma lavagem intestinal. Porém, a paciente teve uma grave reação após o procedimento e foi internada na UTI. Devido às complicações, Luzia teve que passar por uma cirurgia para a retirada de parte do intestino no dia 18 de maio.

Segundo os médicos, a substância correta para ser usada em uma lavagem intestinal é a vaselina. Porém, um dos enfermeiros que estava no local na hora do procedimento sentiu um cheiro que lembraria formol. A direção da Santa Casa informou que os três funcionários envolvidos no atendimento da paciente foram afastados dos cargos até a conclusão do inquérito.

O marido de Luzia, Noeno Ramos Viana, acompanhou a esposa na lavagem e também disse que sentiu um cheiro semelhante a formol durante o procedimento.

O frasco com a substância utilizada na lavagem e uma amostra de um exame da paciente foram encaminhados para o Instituto Valéri, em Ribeirão Preto (SP). A análise ainda não está disponível.


Fonte: G1 Sul de Minas

 

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