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quarta-feira, 8 de agosto de 2012

PROGRAMA TARDE TOTAL: MOMENTO SAÚDE


Gordura visceral

O acúmulo de gordura visceral ou abdominal pode ser genético ou resultar de alimentação excessiva e sedentarismo. A Medicina descobriu que os portadores estão mais suscetíveis à aterosclerose, que favorece o surgimento de doenças como o infarto do miocárdio, o acidente vascular cerebral e o diabetes. O risco é obtido dividindo-se a medida da cintura pela do quadril.

A gordura é essencial à saúde humana. Além de fornecer energia, ela participa de reações químicas que dão origem aos hormônios, por exemplo. Mas gordura excessiva é sempre danosa. Em alguns lugares, aliás, a substância é muito pior. É o que ocorre, constataram os pesquisadores, com a chamada gordura visceral, ou abdominal.

Gordura visceral é aquela que se acumula no abdome, praticamente envolvendo vísceras como pâncreas, intestinos e fígado. Nesse último órgão, vale destacar, acumula-se também internamente, dando origem a uma doença conhecida como esteatose.

No passado, o acúmulo de gordura visceral era mais comum a partir da idade adulta; atualmente, sobretudo devido ao aparecimento dos fast-foods, também as crianças já o exibem. O problema ocorre em homens e mulheres; nestas, em especial a partir do início da menopausa, quando perdem a proteção do hormônio estrogênio, pois seu organismo pára de produzi-lo. Parte dos indivíduos acumula gordura na região abdominal por tendência genética, ou seja, herdam tal característica de um ou dos dois pais. Nesse caso, outros na família também têm o problema. Mas a gordura visceral pode acumular-se ainda em conseqüência do consumo excessivo de alimentos ricos em gordura saturada e do sedentarismo, isto é, falta de atividade física.

As conseqüências são as seguintes. A gordura abdominal passa a funcionar como barreira para a circulação de sangue na região. E mais: as células gordurosas favorecem a inflamação das artérias, que distribuem o sangue oxigenado a partir do coração para todas as porções orgânicas. Está aberto, então,o caminho para a formação da aterosclerose, ou seja, deposição contínua de gordura nas paredes arteriais e a formação de uma espécie de "placa" endurecida. Com o tempo, a "placa" cresce e obstrui parcial ou totalmente a circulação sanguínea. O resultado é: falta de sangue e de oxigênio no músculo do coração, com a conseqüente morte de tecidos, o que é conhecido como infarto do miocárdio. O mesmo pode ocorrer no cérebro, dando origem ao acidente vascular cerebral (AVC), também chamado de derrame. O pior é que as duas doenças, em 50% dos casos, não dão aviso e, dependendo da extensão, podem deixar seqüelas graves ou até matar.

A gordura visceral também interfere na ação da insulina, hormônio produzido pelo pâncreas que regula a taxa de açúcar no sangue. Os níveis da substância aumentam, o que favorece o surgimento do diabetes.

O organismo de cada pessoa, claro, reage de maneira diferente a esse quadro. Há portadores de gordura visceral que podem viver por décadas sem problemas. Outros têm infarto ou derrame ainda jovens. A Medicina, porém, já estabeleceu uma forma de medir o risco. É a chamada relação cintura/quadril. A nova medida é obtida dividindo a largura da cintura pela largura do quadril (ambas em centímetros). O resultado terá de ser de até 0,9 para o homem e de 0,85 para a mulher. O risco de um infarto do miocárdio ou de um AVC em indivíduos com o índice cinturaquadril acima do normalé 25% maior do que o dos que têm valores normais.

Pessoas que se vejam com um volume crescente de gordura abdominal devem consultar logo um cardiologista. A situação é mais preocupante, naturalmente, em obesos que sofrem de pressão alta e/ou diabetes, são sedentários ou fumam. Os cardiologistas brasileiros de modo geral - disponíveis até nos serviços públicos país afora - têm boa informação a respeito do assunto. Eles estão aptos a fazer uma avaliação e determinar as medidas necessárias. O passo inicial com certeza será adotar uma dieta saudável, aumentando a ingestão de frutas, legumes e verduras e diminuindo o consumo de alimentos gordurosos. A segunda etapa será desenvolver atividades físicas regularmente. Se essas pessoas já forem portadoras de doenças como pressão alta ou diabetes, finalmente, também elas terão de ser tratadas.



Ana Cláudia C. Soares – Farm. Farmácia Ana Terra

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