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sexta-feira, 11 de junho de 2010

COPA: África do Sul empata com o México na abertura da Copa


A África do Sul esteve bem próxima de uma grande vitória nesta sexta-feira, no Estádio Soccer City, em Johannesburgo. A seleção mexicana, no entanto, estragou a festa da entusiasmada torcida local. Após abrir o placar no início do segundo tempo, a seleção anfitriã sofreu um gol nos 15 minutos finais e a partida de abertura da Copa do Mundo terminou empatada por 1 a 1.
Embora não tenha sido o melhor resultado para as duas seleções, ele pode ser comemorado pelas duas equipes. Em um dos grupos mais competitivos do Mundial, África do Sul e México sabiam que uma derrota poderia ser decisiva. Os sul-africanos enfrentam agora o Uruguai em 16 de junho, enquanto os mexicanos encaram a França no dia 17.
A partida marcou ainda um recorde do técnico brasileiro Carlos Alberto Parreira, que chegou a sua sexta participação em Copas como treinador - Brasil duas vezes (1994 e 2006), Kuwait (1982), Emirados Árabes (1990) e Arábia Saudita (1998) -, uma a mais do que o sérvio Bora Milutinovic.

O JOGO
E mesmo com todo o entusiasmo da torcida, Parreira armou uma África do Sul retrancada. Escalou apenas Mphela isolado no ataque e deixou o craque do time, Steven Pienaar, isolado na armação. O técnico Javier Aguirre, por sua vez, fez o que se esperava: montou um time muito ofensivo, com Giovani Dos Santos, Guillermo Franco e Carlos Vela formando um perigoso trio de ataque.
Recuada, a seleção sul-africana aceitou a pressão inicial. E, logo aos três minutos, o México quase abriu o placar. Aguilar cruzou da direita e, após o goleiro Khune afastar mal, a bola sobrou para Giovani Dos Santos. O atacante tentou concluir, mas foi travado no momento do chute. Com a marcação adiantada, os mexicanos seguiram encurralando o adversário. Somente aos seis minutos, a África do Sul chegou ao ataque, quando Pienaar recebeu na direita e cruzou. Com facilidade, a zaga afastou.
A pressão mexicana seguiu nos minutos seguintes. O time de Parreira, no entanto, já não tomava grandes sustos. Permanecia recuado, mas sem permitir que o ataque adversário chegasse à área. Aos poucos, a África do Sul até começou a se soltar e equilibrou o jogo, tocando mais a bola no campo ofensivo. Mas, em falha individual, quase sofreu o primeiro gol. Giovani Dos Santos roubou a bola no meio-de-campo e carregou até a meia-lua, de onde bateu com perigo por cima do gol.
Passado o susto, a África do Sul equilibrou novamente o jogo. As duas equipes seguiam concentradas no meio-de-campo, tocando a bola com cautela, sem buscar o gol com grande efetividade. Até Carlos Vela aparecer para o jogo. Primeiro, o atacante mexicano deu grande passe para Franco, que matou no peito dentro da área e deu leve toque. No reflexo, Khune defendeu. Logo na sequencia, ele recebeu sozinho pela direita, bateu cruzado e a bola passou raspando a trave.
E foi novamente com Vela que o México chegou a marcar aos 37 minutos, em gol corretamente anulado pela arbitragem. Após cobrança de escanteio, Franco desviou de cabeça e o atacante do Arsenal, impedido, completou para as redes. O susto acordou a África do Sul. Quase sempre pelas pontas, passou a chegar nos minutos finais com perigo. Faltava precisão nos cruzamentos, embora o goleiro Pérez demonstrasse insegurança. Aos 43, após novo levantamento, ele falhou no corte e a bola quase sobrou para Mphela, que por pouco não desviou de cabeça e abriu o placar antes do intervalo.
Motivada pelo ímpeto final do primeiro tempo, a África do Sul voltou melhor na etapa final. E não demorou para que fizesse a tão festa pelos torcedores. Aos oito minutos, em rápido contra-ataque, Tshabalala recebeu lindo passe. Pela esquerda, ele avançou até a entrada da área e acertou grande chute, no ângulo, abrindo o placar para a seleção anfitriã.
O gol logo no início do segundo tempo parecia programado por Parreira. Com a retranca bem montada, a seleção sul-africana passou a dominar de vez o confronto. Segurava bem a desesperada pressão mexicana, tocava bem a bola e ainda saía com perigo aos contra-ataques. Modise ainda quase ampliou aos 20 minutos, após receber sozinho na direita e concluir para fora. No lance seguinte, o próprio Modise invadiu a área, saiu na cara do goleiro e bateu prensado pela defesa. O lance foi muito questionado pelos sul-africanos, que pediram pênalti.
Desencontrado em campo, o México arriscou suas últimas fichas. Colocou um campo o experiente Cuauhtemoc Blanco e o atacante Javier Hernandez nos respectivos lugares de Carlos Vela e Guillermo Franco. Mas foi com o volante Rafael Márquez que chegou ao empate, aos 32 minutos. Após cruzamento na área, a defesa sul-africana falhou e a bola sobrou para o mexicano. Sozinho, ele completou para as redes.
A partida parecia então que se encaminharia para um empate sem maiores emoções, quando, já aos 44 minutos, Mphela invadiu sozinho a área e deu um leve toque na saída do goleiro. Caprichosamente, a bola bateu no pé da trave e saiu, frustrando toda a torcida sul-africana.


FICHA TÉCNICA: África do Sul 1 x 1 México

África do Sul - Itumeleng Khune; Siboniso Gaxa, Bongani Khumalo, Aaron Mokoena e Lucas Thwala (Tsepo Masilela); Reneilwe Letsholonyane, Kagisho Dikgacoi, Siphiwe Tshabalala, Teko Modise e Steven Pienaar (Bernard Parker); Katlego Mphela.
Técnico - Carlos Alberto Parreira

México - Oscar Pérez; Paul Aguilar (Andres Guardado), Francisco Rodrígez, Ricardo Osorio e Carlos Salcido; Rafael Márquez, Gerardo Torrado e Efraín Juárez; Giovani Dos Santos, Guillermo Franco (Javier Hernandez) e Carlos Vela (Cuauhtemoc Blanco)
Técnico - Javier Aguirre Onaindía

Gols - Tshabalala, aos oito, e Rafael Márquez, aos 32 minutos do segundo tempoÁrbitro - Ravshan Irmatov (UZB)

Cartões amarelos - Efraín Juárez, Gerardo Torrado, Kagisho Dikgacoi, Tsepo MasilelaLocal - Estádio Soccer City, Johannesburgo (África do Sul).

Fonte: ESPN / Eldorado
Foto: Themba Hadebe/AP

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