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quarta-feira, 24 de outubro de 2012

BOM DIA FAMÍLIA: MOMENTO SAÚDE

Cistite recorrente pode ser prevenida

As inflamações da bexiga, também chamadas de cistite, atingem metade das mulheres pelo menos uma vez na vida e o tratamento geralmente é feito com antibióticos. Porém, para os casos de cistite recorrente – duas vezes no semestre ou três vezes ao ano. Mas já existe tratamento preventivo que estimula o sistema imunológico, diminuindo a frequência e a intensidade dos sintomas.
São medicamentos a base de plantas (fitoterápico). Uma planta, especificamente, chamada “Cramberry”, age impedindo que a bactéria fique aderida, grudada na parede da bexiga, facilitando sua eliminação. Esta planta é nativa em locais de clima mais frio, não sendo encontrada no Brasil. Mas pode ser adquirida na forma de cápsulas manipuladas ou sucos importados. O tratamento é preventivo, e só não pode ser utilizado em indivíduos com histórico de cálculo renal (pedra nos rins).
Mas sabe-se que 80% dos casos de cistite recorrente são resolvidos com hidratação e hábitos de higiene. A ação que mais protege o organismo é o fluxo urinário, pois com ele é eliminada uma quantidade significativa de colônias bacterianas que ficam na bexiga. Por isso, é importante que a paciente hidrate-se e não fique muito tempo sem ir ao banheiro.

Os hábitos de higiene, como a limpeza adequada da região perianal depois da evacuação e no banho são indispensáveis. Entretanto, o exagero também é perigoso. A lavagem muitas vezes ao dia pode matar a flora vaginal natural, impedindo que o próprio organismo se defenda da bactéria. Também é importante manter uma alimentação saudável com frutas, verduras e fibras para garantir o bom funcionamento do intestino e impedir a proliferação da bactéria.

Algumas mulheres, mesmo adotando as medidas preventivas, desenvolvem novamente a infecção. Isso pode acontecer por causa da automedicação. Por isso a importância do acompanhamento médico, pois outros fatores, como cálculos renais e até mesmo tumores na bexiga, podem estar relacionados com o reaparecimento do problema. Se a paciente não faz o tratamento adequado, a dor passa, mas a causa da infecção pode não ser combatida, ocasionando a recorrência. Em caso de não ser tratada corretamente, a cistite pode atingir os rins, gerando uma infecção mais grave.

Cuidado especial na gestação
Durante a gestação a mulher fica mais vulnerável à infecção, pois o transporte da urina torna-se mais lento, propiciando a proliferação da bactéria. Sabe-se que a infecção urinária é a principal causa de trabalho de parto prematuro. Muitas vezes a cistite não manifesta sintomas na gestante, por isso é muito importante realizar o pré-natal.
O caminho da bactéria
A cistite atinge cerca de 50% das mulheres de todas as idades, ao menos uma vez durante a vida, segundo estudos. Em 85% dos casos, é causada pela bactéria E.coli encontrada no intestino.
A bactéria alimenta-se do bolo fecal e equilibra a flora intestinal. Porém, quando está na bexiga, parasita a parede do órgão, causando a infecção. A anatomia da região genital da mulher – mais próxima ao ânus –, a torna mais vulnerável à contaminação, pois a bactéria migra mais facilmente do ânus para a uretra, alcançando a bexiga.

Prevenção
Confira os sintomas da inflamação na bexiga e os hábitos preventivos:

Sintomas
• Ardência ao urinar.
• Dores na bexiga, dores no ventre, perto da uretra, e nas costas, perto dos rins.
• Vontade de ir constantemente ao banheiro.
• Urina com cor mais escura.
Cuidados básicos
• Beba muita água durante todo o dia.
• Urine com frequência.
• Inclua frutas, verduras e fibras na alimentação.
• Urine após as relações sexuais, pois elas favorecem a entrada de bactérias na bexiga.
• Use o papel higiênico sempre da frente para trás.
• Evite roupas justas ou que retenham calor e umidade.
• Opte por roupas íntimas de algodão.
• Evite usar absorventes ou protetores diários fora do período menstrual.
• Durma com roupas soltas.
• Evite o uso de espermicidas e diafragmas, pois propiciam a colonização bacteriana.
O uso por tempo prolongado do Cramberry tem auxiliado muito as mulheres com cistete de repetição. Fale com seu médico sobre a possibilidade de usá-lo.


Ana Claúdia C.Soares – Farm.Resp.Farm.Ana Terra

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