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sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Contágio por superbactéria deixa MG em estado de atenção

A superbactéria KPC, resistente à maior parte dos antibióticos, vem provocando temor no Hospital Regional de Betim, referência em urgência e emergência em 13 municípios da região metropolitana. Cinco pacientes já estão contaminados no local, índice que supera os três casos confirmados no ano passado em toda Minas Gerais, segundo dados da Secretaria de Estado de Saúde (SES). A KPC é considerada uma das bactérias mais resistentes a antibióticos do mundo e atinge, principalmente, pacientes debilitados em centros cirúrgicos e Unidades de Terapia Intensiva (UTIs). "O contágio aumenta o risco de morte dos internos e pode desencadear inflamações, pneumonia, infecções intestinais e urinárias e até infecção generalizada", afirmou o infectologista Marcos Antônio Cyrillo, diretor da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI). Em São José, na região metropolitana de Florianópolis (SC), a confirmação de uma morte causada pela superbactéria provocou, neste mês, o fechamento para a desinfecção do maior setor de emergência do Estado. Já no Hospital Regional de Betim, a situação é tratada como habitual. "Cinco casos são algo normal aqui. Nós não consideramos um surto", declarou a diretora do hospital, Adriana Diniz de Deus. No entanto, infectologistas alertam para a gravidade do problema. "Um caso já é preocupante para qualquer instituição. É uma incidência que deve ser analisada. Será que são, realmente, só cinco casos?", questionou o infectologista Guilherme Augusto Armond, presidente da Associação Mineira de Epidemiologia e Controle de Infecções (Ameci).

Riscos 

Funcionários e pacientes do hospital acreditam que o número de infectados seja bem maior, considerando a falta de controle e de limpeza nos ambientes, denunciada em fotos e depoimentos. A superlotação do hospital é outro agravante. No mês passado, a diretora do hospital assinou um memorando, no qual comunicava que o isolamento dos pacientes contaminados poderia ficar comprometido por causa da superlotação nas Unidades de Atendimento Imediato (UAIs) do município, o que gera sobrecarga também no hospital regional. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recomenda que o paciente contaminado fique em quarto privativo. O órgão se pauta ainda na visão de especialistas sobre o tema, que consideram a proliferação de bactérias multirresistentes uma preocupação mundial, principalmente pelo risco de morte do paciente.


Fonte: O Tempo

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