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sexta-feira, 26 de novembro de 2010

ALIMENTAÇÃO: Acordo entre governo e indústrias reduz consumo de gordura trans

CYNTHIA RIBEIRO: Graças a uma parceria entre o Ministério da Saúde e as indústrias produtoras de alimento, o brasileiro deixou de consumir em 2009 mais de duzentas mil toneladas de gordura trans. Um levantamento mostrou que a meta de redução dessa gordura vegetal foi alcançada por cerca de 94% das empresas da alimentação. O acordo previa a produção de alimentos com no máximo 5% de gordura trans e, no caso de óleos e margarinas, apenas 2%. A meta foi estabelecida, em 2007, pelo Fórum da Alimentação Saudável e o Ministério da Saúde. Para continuar obtendo bons resultados e incentivar a produção de alimentos adequados à saúde, o ministro José Gomes Temporão assinou, nesta quinta-feira, a prorrogação desse compromisso por mais três anos e a inclusão de novos objetivos.
JOSÉ GOMES TEMPORÃO: "Isso demonstra o acerto da estratégia do governo e da indústria, onde a questão da saúde pública foi colocada na mesa e os resultados estão aí. Temos ainda dois problemas a avançar: primeiro, a área de margarina, foi a área que avançou menos e, de outro, lado o resto do mercado de produtores, ou seja, os pequenos produtores e os médios produtores, nós vamos ter que fazer um grande esforço agora para que a oferta de matéria prima para esse pequeno produtor já venha em condições adequadas, e também levar informação, orientação técnica."
CYNTHIA RIBEIRO: As metas de redução da gordura trans foram definidas a partir de recomendações da Organização Panamericana de Saúde. A substância aumenta os níveis de colesterol ruim no sangue e prejudica o coração. Nesse levantamento feito pela Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação, foram avaliadas, ao todo, doze categorias de alimentos, incluindo massas instantâneas, sorvetes, óleos, além de margarinas e cremes vegetais. Segundo o ministro da Saúde, o próximo desafio é reduzir o uso de sal nos produtos alimentícios.
JOSÉ GOMES TEMPORÃO: "De outro lado estamos colocando na mesa um outro desafio, sal. Vocês sabem que o consumo de sal pode causar a longo prazo danos à saúde pública, hipertensão arterial e uma série de problemas de saúde. Nós já entregamos à ABIA um documento técnico com algumas metas de redução de 15% a 50% do teor do sal nos alimentos e vai haver a partir de agora então todo o desenvolvimento de um trabalho técnico, que é um estabelecimento de metas para que esse trabalho continue avançando."
CYNTHIA RIBEIRO: O ministro Temporão acrescenta que a expectativa é de que, até 2020, o consumo de sal pela população brasileira seja reduzido em 50%.
Fonte: Agência do Rádio - Reportagem, Cynthia Ribeiro

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