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quarta-feira, 24 de novembro de 2010

HOMOSSEXUALIDADE: Câmara dos Deputados debate homofobia nas escolas

JULIANA COSTA: A Câmara dos Deputados reuniu na última terça-feira militantes do movimento pelos direitos dos homossexuais, autoridades e parlamentares para debater o preconceito e a discriminação enfrentados por lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais na escola. Também foi apresentada uma pesquisa qualitativa sobre a homofobia no meio escolar, feita em onze capitais do País. O levantamento revelou que a questão não está sendo abordada de forma correta nos estabelecimentos de ensino. Para ajudar nesse trabalho, foi lançado um material didático, com vídeos e guias específicos para os educadores. O presidente da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais, Toni Reis, destaca que o Ministério da Saúde já vem desenvolvendo várias ações de combate ao preconceito.
TONI REIS: "O Ministério da Saúde como um todo tem sido um grande parceiro no combate à homofobia. Até por essa questão da saúde mental, da questão do HIV/Aids, que a gente conseguiu transformar isso. A gente conseguiu na comunidade enfrentar essa doença terrível, mas a gente percebeu que a Aids não é tão grande problema como é o preconceito e a discriminação. Uma pessoa que sofre preconceito e discriminação, ela tem mais dificuldades de fazer prevenção de qualquer doença. Então é importante esse apoio do Ministério da Saúde para diminuir a vulnerabilidade das pessoas."
JULIANA COSTA: Já odiretor do Departamento de DST/Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, Dirceu Greco, explica que o Ministério da Saúde intensificou a prevenção nas escolas e destaca que também é importante discutir a diversidade sexual no meio escolar.
DR. DIRCEU GRECO: "Atualmente, o Ministério da Saúde junto com o Ministério da Educação tem um programa que chama Saúde e Prevenção nas Escolas, que está em 56 mil escolas atualmente, com uma discussão grande sobre sexualidade, sobre direito e com distribuição de preservativos. Acho que é o momento ótimo de entrar com esse outro ponto da sexualidade que é a diversidade sexual."
JULIANA COSTA: Luma Andrade, a primeira travesti doutoranda do Brasil, afirma que sofreu muito preconceito na escola e descobriu que a única forma de superar o problema era sendo uma das alunas destaque da classe.
LUMA ANDRADE: "Diversas manobras que eu tive que fazer para poder permanecer na escola, dentre essas, ser a melhor aluna da turma, para poder ensinar aos meus colegas que tinham dificuldade. Então foi dessa forma que eu consegui o afeto e o respeito dos meus colegas e na escola como um todo."
JULIANA COSTA: O Seminário Escola Sem Homofobia foi realizado nesta terça-feira em conjunto com a Comissão de Direitos Humanos e Minorias e a Comissão de Educação e Cultura
Fonte: Agência do Rádio - Reportagem, Juliana Costa

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