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quinta-feira, 8 de julho de 2010

COPA 2010: Espanha bate Alemanha e enfrenta Holanda na decisão

A Espanha superou a tricampeã Alemanha nesta quarta-feira e conquistou a aguardada vaga para disputar a decisão da Copa do Mundo da África do Sul. O zagueiro Puyol marcou o gol da vitória na semifinal disputada no Estádio Moises Mabhida, em Durban. Agora os espanhóis terão pela frente a Holanda em uma inédita final de Mundial.

O confronto de domingo, às 15h30, no Estádio Soccer City, em Johannesburgo, vai revelar o nono campeão mundial da história das Copas, já que as duas equipes nunca levantaram a taça. A Holanda acumula dois vice-campeonatos, enquanto a Espanha chegou a sua primeira final.
A semifinal desta quarta foi marcada pelo amplo domínio espanhol desde o início. Mesmo embalados pelas goleadas sobre Inglaterra e Argentina, os alemães não conseguiram se impor na partida e decepcionaram sua torcida. Schweinsteiger e Özil pouco participaram do jogo e não comandaram os tricampeões mundiais.
Com a derrota, a Alemanha disputará com o Uruguai o terceiro lugar da Copa, no sábado, às 15h30, no Estádio Nelson Mandela Bay, em Port Elizabeth.

O JOGO
O aguardado confronto entre Espanha e Alemanha, as equipes com o melhor futebol desta Copa, começou de forma lenta nesta quarta-feira. Como aconteceu em seus últimos jogos, os espanhóis buscaram o controle da bola e fecharam os espaços do rival. Mas demoraram para se arriscar no ataque.
O marasmo do início só foi interrompido quando um torcedor, carregando uma vuvuzela, invadiu o gramado, ao lado do gol de Neuer, e quase chegou ao meio-campo, aos 3 minutos. Os seguranças interceptaram o homem, que não conseguiu alcançar os jogadores.
Com a bola rolando novamente, David Villa tomou a iniciativa no ataque e gerou o primeiro lance de perigo da partida. Aos 5, o artilheiro espanhol recebeu bola enfiada rasteira pela esquerda, mas foi barrado pelo goleiro alemão, que fez uma saída precisa do gol.
Recuada, a Alemanha tinha dificuldade para superar a marcação adiantada e aceitou o domínio do adversário. A Espanha, porém, não soube aproveitar a maior posse de bola, de até 64%. Na melhor jogada do primeiro tempo, Iniesta cruzou forte da direita e Puyol, na área, cabeceou por cima do gol. A bola passou rente ao travessão, aos 13 minutos. No final, Pedro arriscou de longe, mas Neuer defendeu com tranquilidade.
Após tentar levar perigo em bolas levantadas na área, os alemães só "entraram" no jogo aos 30 minutos. O primeiro chute a gol só saiu aos 31, com Trochowski, em arremate rasteiro, de fora da área. Casillas precisou se esticar para evitar o gol. No entanto, o meio-campo alemão continuou tendo problemas para criar lances de maior perigo à defesa rival.

Sem poder contar com o jovem Thomaz Müller, um dos artilheiros do time, com quatro gols, o meio alemão dependia da criatividade de Özil, que pouco participou da partida no primeiro tempo. Como resultado, a partida ficou truncada no meio, sem os grandes lances que se esperava do confronto entre as duas equipes.
A história pouco mudou no segundo tempo. A Alemanha se manteve na defesa, enquanto o adversário dominava o meio-campo. Os espanhóis, porém, melhoraram no ataque e passaram a levar mais perigo ao gol de Neuer. Xabi Alonso arriscou de longe duas vezes. Na segunda, aos 4, mandou rente à trave esquerda do goleiro alemão.
Cinco minutos depois, Villa bateu rasteiro da entrada da área e também mandou para fora. A melhor oportunidade da partida surgiu dos pés de Iniesta, aos 12. Após bate-rebate na saída da Alemanha, o meia invadiu a área pela esquerda e cruzou. A bola atravessou a pequena área e Villa não conseguiu completar para o gol.
Enquanto a Espanha cercava a área, os alemães adotavam uma postura cada vez mais defensiva, sem conseguir passar do meio-campo. O time de Joachim Löw só esboçou uma reação a partir da metade do segundo tempo. Na melhor chance da Alemanha, Podolski cruzou da esquerda e Kroos completou de primeira no gol. Casillas fez grande defesa.
Mas os espanhóis seguraram o ímpeto alemão ao abrir o placar cinco minutos depois. Após cobrança de escanteio, Puyol surgiu no meio da defesa e deu bela cabeçada para o fundo das redes.
Daí em diante, a Espanha recuou para esperar as investidas alemães, com ataque cada vez mais desorganizado. Os tricampeões continuaram apostando em bolas aéreas, sem sucesso. Os espanhóis ainda tiveram chances de ampliar o placar, mas o jovem Pedro desperdiçou uma grande oportunidade nos minutos finais da partida.
Diante de uma Alemanha pouca ofensiva, a Espanha não teve problemas para garantir a vitória, apesar das investidas do rival nos instantes finais. O resultado acabou repetindo a final da Eurocopa de 2008, quando os espanhóis venceram também por 1 a 0 e ficaram com o título.


Fonte: Eldorado ESPN - Felipe Mendes
Fotos: Martin Meissner/AP - Themba Hadebe/AP - Luca Bruno/AP - Arturo Rodriguez/AP

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