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quinta-feira, 8 de julho de 2010

COPA 2010: Felipe Melo e outros vilões do Brasil em Copas do Mundo

Desde que o Brasil se tornou uma grande potência do futebol, entre os anos 50 e 70 do século passado, quando ganhou três Copas do Mundo em um período de 12 anos (1958, 1962 e 1970), faturar a principal competição futebolística do planeta virou uma obrigação. A derrota é algo fora de cogitação e, quando ela acontece, sempre é preciso encontrar um grande vilão para colocar toda a culpa.
O volante Felipe Melo está sentindo isso na pele. Fez gol contra e foi expulso de forma infantil na derrota brasileira por 2 a 1 para a Holanda, que tirou a seleção da Copa do Mundo da África do Sul nas quartas de final do torneio. Alguns boleiros chegaram até a dar um conselho inusitado: que ele fique longe do Brasil nos próximos meses.

O que Felipe Melo poderia fazer neste momento é se aconselhar com outros que já passaram pela mesma situação em outros carnavais. Confira quem foram os vilões do Brasil nas Copas do Mundo perdidas desde 1974.
Copa de 1974 (Alemanha)
Vilão: Técnico Zagallo - Por ter conquistado a Copa de 1970 (México) no comando da seleção brasileira, Zagallo foi premiado e ficou no cargo até o Mundial seguinte. Mas se deu mal, afinal o Brasil caiu na semifinal diante da Holanda (levou 2 a 0 da 'laranja mecânica') e ele virou vilão. Na época, muitos disseram que o treinador só havia levantado o caneco quatro anos antes porque tinha nas mãos um time espetacular e, quando foi preciso mostrar trabalho, vacilou.
Copa de 1978 (Argentina)
Vilão: Seleção peruana
- Foi a única Copa em que a seleção brasileira teve um álibi para se livrar da crítica da opinião pública. A seleção peruana foi acusada de entregar o jogo para a Argentina e levar de propósito uma goleada por 6 a 0. Dessa maneira, os argentinos se classificaram para a final e foram campeões diante da Holanda, e o Brasil ainda conquistou o terceiro lugar contra a Itália. A equipe brasileira voltou para o País sendo chamada pelo povo de 'campeã moral'.
Copa de 1982 (Espanha)
Vilão: Toninho Cerezo - A seleção brasileira encantava o mundo na Copa de 1982, mas caiu nas quartas de final diante da Itália e frustrou o País. Na derrota por 3 a 2, o nome do jogo foi o italiano Paolo Rossi, que balançou as redes três vezes, mas Toninho Cerezo acabou massacrado pela imprensa por ter dado um passe errado na defesa no lance que originou o segundo gol adversário.
Copa de 1986 (México)
Vilão: Zico - Maior ídolo da história do Flamengo, Zico não teve o mesmo sucesso na seleção brasileira. Era um dos principais craques da equipe na Copa de 1986, mas cometeu um erro fatal nas quartas de final contra a França. O jogo estava empatado por 1 a 1 e ele perdeu o pênalti que daria a classificação ao Brasil durante o tempo regulamentar. Depois, na disputa de penalidades máximas, os franceses eliminaram os brasileiros.
Copa de 1990 (Itália)
Vilão: Dunga - A seleção brasileira comandada por Sebastião Lazaroni não encantou ninguém no Mundial e ainda foi eliminada nas oitavas de final ao perder por 1 a 0 para a eterna rival Argentina. O Brasil completava 20 anos sem ganhar uma Copa e a imprensa batizou o time derrotado de 'era Dunga'. Na época, o volante ficou conhecido por ser o ícone de uma geração que tinha como principal característica a falta de talento. Quatro anos mais tarde, se recuperou e foi um dos destaques da campanha do tetra nos EUA.
Copa de 1998 (França)
Vilão: Ronaldo - A seleção brasileira fez boa campanha na Copa de 1998, mas levou 3 a 0 da França na decisão e acabou sendo vice-campeã. A derrota na final, com um time apático em campo, levantou muitas suspeitas, e dias depois foi revelado que Ronaldo Fenômeno, craque da equipe, havia sofrido uma convulsão momentos antes do jogo. E o atacante ficou marcado como vilão, mas, assim como Dunga, se recuperou quatro anos depois, ao ser artilheiro da campanha do penta na Coreia do Sul e Japão.
Copa de 2006 (Alemanha)
Vilão: Roberto Carlos
- O Brasil chegou ao Mundial da Alemanha com extremo favoritismo, mas caiu diante da França nas quartas de final ao ser superado por 1 a 0. A equipe mostrou pouco aguerrimento em campo e todos os jogadores ficaram em baixa, em especial o lateral-esquerdo Roberto Carlos, que estava ajeitando a meia no momento do gol francês anotado por Thierry Henry.
Fonte: Eldorado ESPN - Rafael Vergueiro
Foto: Fabio Motta/AE

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