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segunda-feira, 26 de julho de 2010

INSS: Ministro do Planejamento considera injusta a greve dos médicos peritos do INSS

FRANCISCO JUNIOR: O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, disse, em Brasília, que considera injusta a greve dos médicos peritos do Instituto Nacional de Seguridade Social. A paralisação completou um mês nesta quinta-feira, vinte e dois de julho, e tem noventa e cinco por cento de adesão em todo o País, segundo a Associação Nacional dos Médicos Peritos da Previdência Social. Ao todo, o INSS conta com cinco mil e quatrocentos médicos peritos. O ministro Paulo Bernardo afirmou que não existem justificativas para a paralisação.
PAULO BERNARDO: "Esse serviço de perícia médica era praticamente todo terceirizado; nós tínhamos poucos médicos, que ganhavam em torno de pouco mais de dois reais; hoje eles têm salários que chegam até quatorze mil e quinhentos reais; reformamos a carreira, demos um plano de carreira para eles; fizemos concurso. O que eles estão reivindicando é completamente descabido. Eles querem reduzir a jornada de trabalho, trabalhar trinta horas, e ganhar o mesmo salário."
FRANCISCO JUNIOR: Por conta da proximidade das eleições deste ano, o ministro Paulo Bernardo avalia que a greve é inoportuna.
PAULO BERNARDO: "Eles estão fazendo a greve num momento em que nós não temos nenhuma medida, pois a legislação proíbe melhorar salário, melhorar jornada. Portanto, eu acho que essa é uma greve pra tirar férias. O que está acontecendo? Nós cortamos o ponto, eles conseguiram uma liminar no STJ, que proibiu cortar o ponto. Nós estamos tentando revogar isso no STF, enquanto isso eles estão sem trabalhar e ganhando salário."
FRANCISCO JUNIOR: O ministro Paulo Bernardo lembrou que o governo chegou a enviar ao Congresso Nacional uma medida provisória que atendia algumas das reivindicações da categoria, como a redução da jornada de trabalho. Contudo, a MP previa, também, a redução salarial, proposta que não agradou aos médicos peritos. A categoria conseguiu que os parlamentares modificassem a MP, reduzindo a carga horária, mas mantendo os salários. A nova proposta acabou sendo vetada pelo presidente Lula.
Fonte: Agência RádioWeb - Reportagem, Francisco Junior

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