CYNTHIA RIBEIRO: Um estudo divulgado, na última sexta-feira, pelo IBGE, comprova que as adolescentes têm mesmo uma preocupação excessiva com o peso. Segundo a Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar, quase trinta e seis por cento das meninas entrevistadas se declararam como muito gordas, apesar de estarem com o peso adequado. Para o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, isso acontece porque as adolescentes se impõem um padrão estético fora do normal, que abala a auto-estima delas.
JOSÉ GOMES TEMPORÃO: "É um percentual importante de meninas se auto-referindo como acima do peso e quando você avalia do ponto de vista técnico elas estão no peso. Eu acho que isso é um fenômeno mais amplo do estabelecimento de um certo padrão estético feminino na sociedade que privilegiaria uma magreza extrema, uma preocupação excessiva com a beleza o que pode explicar de uma certa forma esse fenômeno."
CYNTHIA RIBEIRO: Entre os meninos, vinte e um por cento se consideram bem acima do peso, mesmo tendo peso proporcional à altura e boa saúde. A psicóloga Cristiane Decat explica que essa cobrança dos adolescentes em seguir determinados padrões de beleza pode ser perigosa. O exagero, segundo ela, tende a provocar sérios transtornos, como a anorexia e a bulimia.
CRISTIANE DECAT: "Porque o adolescente a partir do momento que ele começa a se olhar no espelho e deixa realmente de se ver dentro daquela massa física, ele começa a exagerar o tamanho dessa massa, ou seja, ele é magro e se vê gordo, a partir daí começa realmente um distúrbio que precisa ser tratado."
CYNTHIA RIBEIRO: De acordo com a psicóloga Cristiane Decat, é preciso que pais e educadores acompanhem o comportamento exagerado dos jovens na busca por um corpo bonito, como obsessão pela magreza e quando ele a rejeitar alimentos.
CRISTIANE DECAT: "É interessante que os pais eles estejam atentos, se eles observam isso durante alimentação, eles precisam procurar uma ajuda. É preciso ver até que ponto é natural, porque o limite, o limiar entre o natural e o patológico ele não é bem definido, de repente, o natural no dia seguinte, não é mais."
CYNTHIA RIBEIRO: Cristiane Decat ressalta que a falta de auto-estima dos adolescentes pode fazer com eles tenham dificuldades na vida adulta. Por isso, em muitos casos, é recomendável o acompanhamento de um profissional. A Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar foi feita em dois mil e nove, baseada em entrevistas com quase sessenta e um mil adolescentes do nono ano do ensino fundamental, nas vinte e seis capitais brasileiras e no Distrito Federal.
Fonte: Agência RádioWeb - Reportagem, Cynthia Ribeiro
JOSÉ GOMES TEMPORÃO: "É um percentual importante de meninas se auto-referindo como acima do peso e quando você avalia do ponto de vista técnico elas estão no peso. Eu acho que isso é um fenômeno mais amplo do estabelecimento de um certo padrão estético feminino na sociedade que privilegiaria uma magreza extrema, uma preocupação excessiva com a beleza o que pode explicar de uma certa forma esse fenômeno."
CYNTHIA RIBEIRO: Entre os meninos, vinte e um por cento se consideram bem acima do peso, mesmo tendo peso proporcional à altura e boa saúde. A psicóloga Cristiane Decat explica que essa cobrança dos adolescentes em seguir determinados padrões de beleza pode ser perigosa. O exagero, segundo ela, tende a provocar sérios transtornos, como a anorexia e a bulimia.
CRISTIANE DECAT: "Porque o adolescente a partir do momento que ele começa a se olhar no espelho e deixa realmente de se ver dentro daquela massa física, ele começa a exagerar o tamanho dessa massa, ou seja, ele é magro e se vê gordo, a partir daí começa realmente um distúrbio que precisa ser tratado."
CYNTHIA RIBEIRO: De acordo com a psicóloga Cristiane Decat, é preciso que pais e educadores acompanhem o comportamento exagerado dos jovens na busca por um corpo bonito, como obsessão pela magreza e quando ele a rejeitar alimentos.
CRISTIANE DECAT: "É interessante que os pais eles estejam atentos, se eles observam isso durante alimentação, eles precisam procurar uma ajuda. É preciso ver até que ponto é natural, porque o limite, o limiar entre o natural e o patológico ele não é bem definido, de repente, o natural no dia seguinte, não é mais."
CYNTHIA RIBEIRO: Cristiane Decat ressalta que a falta de auto-estima dos adolescentes pode fazer com eles tenham dificuldades na vida adulta. Por isso, em muitos casos, é recomendável o acompanhamento de um profissional. A Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar foi feita em dois mil e nove, baseada em entrevistas com quase sessenta e um mil adolescentes do nono ano do ensino fundamental, nas vinte e seis capitais brasileiras e no Distrito Federal.
Fonte: Agência RádioWeb - Reportagem, Cynthia Ribeiro
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